sexta-feira, 29 de abril de 2011

CEJA José de Mesquita; CEJA Almira Amorim; CEJA Licínio Monteiro - Aula de Campo Educativa e Cultural - SESC




Hoje foi um dia muito especial no qual estudantes, professores e coordenadores dos CEJAs Almira Amorim, José de Mesquita e Licínio Monteiro, num clima de interação tiveram a oportunidade de participarem do Evento "Semana SESC de Leitura e Literatura 2011", assistindo ao Espetáculo de Contação de Histórias "A Mala de Fugir" inspirado no livro do autor matogrossense Luiz Carlos Ribeiro da Cia Saringagá Produções Artísticas - MT.
Esta aula de campo educativa e cultura faz parte das ações do Projeto "CEJA um Contador de Histórias" - SEDUC, com o objetivo de contextualizar as atividades propostas para os grupos de cada CEJA inscritos no projeto. Os outros CEJAs também terão oportunidade, no segundo momento, de participarem nos próximos eventos semelhantes a este.
É importante registrar que para muitos desses alunos(as) foi a primeira vez que visitaram o SESC Arsenal e assistiram a um espetáculo cultural. É perceptível a alegria estampada no rosto de cada um, como também é gratificante proporcionar a estas pessoas o acesso aos bens culturais, que por lei é um direito de todo cidadão.
Parabenizo a todos que compareceram e participaram do evento.
Abraços e até a próxima..
Alicce Oliveira

SINOPSE DO ESPETÁCULO (Texto fornecido pela Cia Saringagá Produções Artísticas - MT) A Mala de Fugir é um espetáculo lúdico/musical em um ato, com textura dramática a partir da seleção de contos da obra do mesmo nome. A peça reconstrói a ambiência mágica de contação de historias, causos, paródia, ancorada em elementos visuais e sonoros, selecionados da cultura e da arte popular mato-grossense e universal, que proporcionaram suporte artístico, tanto no conteúdo como na forma. O espetáculo é um convite á fantasia, á magia e ao sonho. A Mala de Fugir será representada simbolicamente por uma mala cenográfica, para onde todos poderão se transportar, numa inusitada viagem ao país do faz-de-conta, esquecido dentro de nós. Mala de Fugir traz dentro de si outros mistérios que criarão asas, sons onomatopaicos, cores, melodias e fantasias. Borboletas voarão para o além-mar; mariposas encantadas contracenarão com pássaros tenores, que cantarão suas árias florestais; elementais serão transportados de outras dimensões e assumirão funções inusitadas; bruxas, figuras lendárias e mitos amazônicos habitarão terras inexploradas. Desse poder mágico/ iluminado que cada um poderá participar, não faltarão os sonhos, fantasias, memórias da infância de cada um e ai vai o desafio para cada espectador realizar mágicas desafiantes, como a de (re) descobrir sua própria Mala de Fugir e ir embora com o circo da sua memória infância. A partir daí... bem nada será como antes.

O figurino e a maquiagem – inspirados na Comédia Dell ’ Arte – trabalha a idéia de coringa, desdobrando-se, a fim de ampliar a imaginação dos espectadores e verbalizar cenicamente a criatividade dos seus idealizadores. Formas, cores e sutilezas de movimentos darão suporte cênico para os atores se transformarem em novos personagens, possibilitando a criação de novas histórias e inspirando a platéia para que elabore sua própria versão. "Carlinhos Ferreira"

Entrevista concedida pelo autor e ator Luiz Carlos Ribeiro

A inspiração para o conto que dá nome ao livro veio da infância do próprio autor. Nessa época, tinha ele uma mala, na qual carregava ‘quinquilharias’ e a qual levava quando resolvia fugir de casa, sua "mala de fugir".

Hoje, sua mala está cheia de personagens míticos como Corça-Encantada, a Mãe-do-Morro e o Boitatá, levando para adultos e crianças o encantamento das histórias contadas ao pé da fogueira, sob os olhos atentos do público. Não faltam alusões a figuras lendárias da cultura indígena, como o tamoin, contador de histórias do povo Kamaiurá do Xingu, que no livro aparece na figura de uma sua tia Arminda, mestre na arte de entreter as crianças com ‘causos’.
Mais à frente, nos deparamos com o Reino de Cuyaverá, onde habitam os descendentes dos povos Guató, Guaicuru, Coxiponé, Biripoconé, Bororo e Paiaguá. "Com esse livro, eu reconto as histórias que minha avó contava", observa o autor. E foi ao lado de dona Maximiana que, com cerca de oito anos, ele foi apresentado à sua primeira festa de santo. Momento inesquecível. "Foi o meu primeiro alumbramento com a cultura popular da minha cidade", escreve ele na apresentação do livro. A partir de então, virou freqüentador assíduo das festas, adquirindo o hábito de bisbilhotar "as envolventes narrativas dos contadores de causos".
Tornou-se, aos poucos, um grande contador de histórias. Histórias que hoje vão saindo de sua mala também como denúncias de cunho político contra o desmatamento, a corrupção e outros males. "Não é a lenda pela lenda. É denúncia, principalmente ambiental. Também tem muita informação histórica."
Mudanças – Preservar o ofício dos contadores de histórias é uma das preocupações do autor. Ele observa que com o surgimento da televisão, os contadores de histórias foram morrendo. O desinteresse não partiu das crianças – que continuam a adorar histórias -, mas dos próprios adultos. "Sou de uma geração que não tinha televisão. Nosso passatempo era ouvir histórias", observa ele.


3 comentários:

  1. O projeto esta mto bom.. sobretudo dinamico, pois deste modo o aprendizado fica facil de ser esnterpretado.
    Vale a pena repetir o evento.

    Gesuilton Lessa - Aluno. Jose de Mesquita.

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  2. Estou adorando o projeto. Vamos começar os ensaios e nos preparar para a estréia... kkkk

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  3. Gostei do ensaio de ontem.!
    Gesuilton

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